Até que enfim!

08/01/2010

Quem está acompanhando, percebeu. Quem não está, vai notar a diferença. Depois de um longo período de tempo sem atualizar nosso blog, estamos voltando, finalmente. A mudança será aos poucos, já que temos um monte de coisas pra fazer ao mesmo tempo. Logo, logo, você terá acesso a arquivos interessantes na página de "Downloads", e já pode ver algumas fotos e imagens na página "Galeria". A página "Conquistas" foi reformulada e atualizada, e nossa home page está cheia de informações novas. Continue visitando nosso blog, e divulgue para as outras pessoas. Assim, teremos mais um motivo para melhorá-lo cada vez mais: nossos fiéis seguidores! 😉


Vale a pena investir na Educação Básica

28/07/2009

Magno de Aguiar Maranhão


A pesquisa ainda é considerada, no Brasil, algo excepcional a que se dedicam mentes privilegiadas que vencem o funil da pós-graduação. A nível de graduação há programas restritos, como o PET (Programa de Extensão e Treinamento), que vivem sob ameaça de corte de verbas.

No ensino médio, o incentivo é quase nenhum, ou seja, a pesquisa é totalmente dissociada dos currículos e o processo ensino-aprendizagem na educação básica abafa o espírito científico nos alunos.É improvável que, com visão tão estreita, um dia tenhamos uma população de pesquisadores condizente com as dimensões e necessidades do país. A pesquisa não pode mais ser uma atividade reservada àqueles que, já no ensino superior, demonstram talento nato para as ciências.

Crianças são pesquisadoras por natureza, sempre ansiosas por entender e modificar o mundo em que vivem. Pena que esse espírito investigativo nato costume ser literalmente massacrado por um sistema mais preocupado em transmitir conteúdos rígidos e conceitos pré-estabelecidos.

O ensino é atividade de pesquisa constante, no qual o professor é parceiro de descobertas. Contudo, graças à deficiente formação do magistério e à falta de apoio que a maioria dos docentes recebe para desenvolver um bom trabalho, o discurso oficial que recomenda a prática da pesquisa em todos os níveis de ensino, se cala quando a porta da sala de aula se fecha.

O laboratório do aluno é seu próprio ambiente. A pesquisa pode ser centrada num problema que lhes diga respeito diretamente, como a falta de saneamento básico no local onde moram, a poluição, falta de espaços verdes e por aí afora.


Imperatriz é destaque!

24/07/2009

O professor Alexandre Passos foi uma das pessoas a representar a cidade de Imperatriz na 7ª FEBRACE (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia). Em uma entrevista ao JMTV, programa de notícias da TV Mirante, ele comentou sobre a massiva participação da cidade, tanto pelo número quanto pela qualidade dos trabalhos provenientes dela.

É importante lembrar que, em certo momento da entrevista, ele fala sobre o incentivo que os alunos conseguem trazer uns aos outros e isso explica porque, a cada ano, Imperatriz tem uma participação cada vez maior em feiras como essa. O melhor de tudo, no entanto, foi o momento em que o professor comenta sobre o nosso trabalho. =D

Alexandre Passos da Silva é diretor do Núcleo de Divulgação Científica da Região Tocantina, sediado em Imperatriz-MA, e organizador da FECITEC.

Remixando

21/07/2009

i.no.var:Cópia_de_segurança_de_banner

[Do latim innovare.]

Verbo transitivo direto.

1. Tornar novo; renovar.

2. Introduzir novidade em.

Já notou como tudo que existe parece igual ao que era a várias décadas? A gente ainda ouve Thriller, a Xuxa ainda canta nas manhãs de sábado, o Faustão ainda faz as mesmas piadas no domingo, um casal se separa e se reconcilia toda semana na Malhação… Então, o que muda? Afinal, o jovem só diz que isso é “brega”, aquilo é “careta” ou “tá por fora”. As garotas continuam usando calças legging, os rapazes ainda usam All Star, debutantes ainda dançam valsa, amigos ainda se juntam e formam bandas de rock que nunca saem da garagem. Repito: CADÊ O NOVO?

Quando você critica sua mãe por gostar de Roberto Carlos, ou seu pai, por curtir Biquíni Cavadão, pegue o encarte do seu CD do Jota Quest e procure o compositor de “Além do Horizonte”, ou pesquise a letra da música “Adultério”, do Mr. Catra. Você vai ver que, de alguma forma, nós nunca abandonamos o nosso passado (é uma daquelas “máximas universais”, sabe?).

Vivemos um eterno “remix”. Eu poderia até colocar aqui a definição de remix, mas acho que não precisa, já que a internet está cheia disso. E não só na música: experimente fazer uma busca sobre qualquer assunto (Bill Clinton, por exemplo): aposto que, se você abrir 15 sites diferentes, pelo menos em 5 você lerá as mesmas coisas, palavra por palavra. Algumas pessoas têm a cara de pau de copiar, até mesmo, os comentários pessoais do autor do artigo. Quer saber? Isso nem pode ser considerado um remix – tá mais pro velho “Control+C, Control+V”. Remix de verdade é aquilo que a gente percebe no dia-a-dia: sabia que o método de se comunicar na segunda guerra mundial era por um aparelho no qual alguém escrevia um texto e o mesmo aparecia automaticamente do outro lado da “linha”? Pois é, e não pense que estou falando de MSN, era uma coisinha chamada Telex. Isso sim, é um exemplo de “remix”.

Não, eu não esqueci do trechinho de dicionário ali em cima. Inovar, pode-se dizer, é o mesmo que remixar. Agora, sim, um exemplo de música: uma música lenta, como “Yesterday”, dos Beatles, pode se tornar o maior sucesso em uma danceteria metropolitana: é só adicionar uma batida psytrance e colocar uns efeitos de delay (você não precisa entender isso, não se preocupe). Do mesmo jeito que ocorre com a música, podemos aplicar o conceito de inovação em qualquer coisa: na moda, na política, na TV, nos esportes, na pesquisa.

Na pesquisa?

Com certeza. O que as pessoas de hoje (e isso pode incluir você) pensam sobre a ciência é totalmente diferente do que ela é de verdade. Alguém sem contato suficiente com a pesquisa imagina um cientista como uma pessoa de óculos, touca branca, jaleco, luvas cirúrgicas e um tubo de ensaio balançando e expelindo uma fumaça colorida. Ele é um cientista, mas nem todos são assim. Na verdade, esta é uma exceção: você só vê cientistas como esse (em sua maioria, químicos) dentro de laboratórios, ou dando entrevistas em programas de sexta à noite. A verdadeira cara da pesquisa é aquela vista nas ruas, nas escolas, nas casas. Por todos os lados, você pode ver o resultado de longos anos de dedicação e comprometimento com a ciência; ao mesmo tempo, há ali iniciativas de alguém que teve uma ideia simples e resolveu aplicá-la. Tudo isso é ciência.

A ciência que vemos nos filmes é aquela dos aparelhos de última geração, que flutuam ou se teletransportam em frações de segundo. A ciência do dia-a-dia é aquela lâmpada colorida, inventada para gastar menos energia, que você viu no poste ao lado da sua casa. É aquele detergente biodegradável que estão anunciando na TV. É aquela ONG que se instalou na rua de baixo. Atitudes e iniciativas como essa são o que você pode chamar de pesquisa, de ciência, de inovação. Afinal, “nada se cria do nada”. Essa é uma frase minha, que eu tirei do Chacrinha, que copiou do Lavoisier, que remixou do Descartes, que deve ter pego de algum filósofo grego da Antiguidade Clássica. Não é à toa que nem os próprios lançamentos do cinema possuem um roteiro inédito – O dia em que a Terra parou, Guerra dos Mundos, 20.000 Léguas Submarinas, Os Três Mosqueteiros, e por aí vai. A ciência é só mais uma área do conhecimento humano que segue a regra universal – adapta-se, renova-se, evolui. Inova.